30.10.03

Toda saga tem um fim

Não estou falando de Matrix Revolutions (eca!, esse filme vai ser podre, talvez pior que o 2). Mas sim, do fim da melhor trilogia já criada para o cinema: O Senhor dos Anéis. O pôster final ainda não foi lançado, mas posto aqui a capa do CD que já é iradaça!

27.10.03

A culpa é do Gugu

A frase mais sensata da semana até hoje foi a de Milton Leite, da ESPN Brasil, durante o Linha de Passe:

"Os jogos são às 4 da tarde pra bater de frente com o Gugu"

Antes não tinha o Gugu tão forte, mas hoje os jogos acabam sendo definidos pela concorrência entre dois canais brasileiros. A discussão na mesa do programa esquentou. Concordei com tudo o que falaram.

1- Os clubes são escravos da TV

Verdade. Eles precisam do dinheiro da TV e ficariam desesperados sem ele. Por isso, têm que se submeter à tabela e horários impostos pela Globo.

2- Os canais não têm culpa

Não mesmo. Eles são compradores de um produto que querem extrair o melhor dele. Se os clubes não tem poder de negociação para impor o que querem, é porque o nosso futebol tá um lixo mesmo. Os clubes que tentassem escapar do contrato com a Globo, mas muitos deles já adiantaram a cota televisiva até não sei quando.

Esse ponto é apenas mais um que surge na busca pelas causas da porcaria que o futebol brasileiro é hoje.
Suicídio

Não deixou carta, nem recado nem nada. Simplesmente se suicidou. Nada trágico. Nem prédio, nem abismo, nem remédio, nem tiros. Foi veneno e drogas para dormir. Não havia felicidade em seu rosto. Nos últimos tempos, apenas tristeza. A vida tinha um rumo, a família era amorosa, os amigos amáveis, porém, sorria apenas de sexta a domingo de manhã. Por isso o que aconteceu foi na domingo à noite. As horas mais entediantes da semana. Nesse horário, tudo era uma desolação só.

Não deixou família, mas deixou uma lacuna. Era muito amado. Se dedicava às pessoas mais achegadas. A notícia foi um baque. Ninguém entendeu nada, não era um cara revoltado. Mas só sorria de sexta a domingo de manhã. E por mais que o amassem, ninguém percebeu isso. Eram 4 dias tristes contra 3 felizes. Mais tristeza que alegrias. Calculou que não valia a pena. Seus dias simplesmente lotados não eram cheios de emoção como os dos quadrinhos do menino e seu tigre de pelúcia. Deixou a chatice da rotina engolir sua vida.

Sinceramente, foi um baita dum egoísta. Não pensou no desespero dos pais, no vazio deixado entre irmãos e companheiros, no investimento feita pela empresa onde trabalhava. Só pensou em si mesmo. Suicidou-se porque, na verdade, sempre quis toda a atenção para si. Pelo menos naquele dia, ele conseguiu.

14.10.03

Trechinho Convidativo

Tá, eu sei, que meus leitores já desistiram de acreditar que este blog tem alguma coluna regular, já que todas somem. Mas eu vou tentar postar irregularmente algum trecho de livro - BOM - que praticamente pede que a gente leia o livro. E já que no meu trabalho tenho lido uns bons livros, acabarei publicando aqui trechos que me fizeram adorar o livro. Vamos lá:

O livro que vai debutar nesta coluna é o Amigo, vencedor de um prêmio de literatura infanto-juvenil na América Latina. Ainda não foi lançado, mas já está no catálogo da editora e breve estará nas livrarias.

Título: Amigo se escreve com H
Autora: Maria Fernanda Heredía
País: Colômbia
Editora: Nova Fronteira

Descobri que o ato de recordar vem acompanhado de um montão de sorrisos espontâneos, que logo se transformam em tristes saudades.
TRAIDOR X ESPIÃO

Quando um malzinho espiona o pessoal do bem e é descoberto, ele é considerado um traidor, um cara que denunciou o bem para seu chefe mal.
Agora, quando acontece o inverso e um bonzinho espiona os maldosos, e é descoberto, ele é taxado de espião. Só porque ele é do bem?

Afinal, espião nada mais é que um traidor, que descobre coisas secretas de uns e as revela a outros. As aulas de português com o Agostinho devem ter valido para isso. Acho que a diferença entre espião e traidor se define como o uso da palavra certa, ou colocação pronominal, ou qualquer outro nome difícil que não arquivei nas gavetas da minha memória.

Não fica legal chamar um herói de traidor. Por isso, a palavra espião parece ser mais apropriada para caracterizar o traidor do bem, isto é, do mal. Ah, deixa pra lá.

1.10.03

A droga da Teoria

Bem, já que a discussão em outros blogs tá rolando em torno da teoria, decidi participar do debate. Enquanto nós odiamos Teoria (o pessoal do Abre Aspas, pelo menos) o pessoal da USP, cheio de laboratórios, produz jornais, revistas e quadrinhos - pelo menos em Produção Editorial (PE) - e reclama que tem pouca teoria.

Mas olha, teoria não serve pra nada. Ou, fale a verdade, dá pra entender a relação que os professores da ECO mantém com Muniz Sodré? Pô, o cara é um pé no saco! Na semana da comunicação, Fátima Bernardes e outros profissionais foram no campus defender com unhas e dentes as aulas de teoria, dizendo que tínhamos de assistir, que elas contribuem para a formação do aluno, que para aprender a prática é melhor trabalhar mesmo e outras baboseiras.

Eu discordo totalmente. Ter algumas aulas de Teoria, tudo bem, mas poxa, 3 períodos e ainda mais quatro obrigatorias? Ninguém suporta mais. Eu não aprendi nada nos 3 primeiros períodos a não ser os episódios recentes dos Simpsons, as fofocas de jornalistas e publicitários dos anos 70, como foi a vida de uma professora na Alemanha e finalmente como transcrever numa prova trechos de um livro que eu não li.

A palavra é: dispensável. Como vou entrar no mercado de PE se nunca vi um fotolito e nem sei como um livro é impresso na gráfica? Que preparação em PE é essa que a gente só aprende a fazer livros e mais livros? Cadê os CDs, os sites, as revistas, coisas que estavam incluídas naquele marcador de PE? Eu acho que nunca vai rolar nada disso lá.

Eu tô falando em PE, mas sei que o mesmo deve acontecer nas outras habilitações. O pessoal de jornal, por exemplo, tá doido atrás de estágio. Em relação a publicidade e rádio/tv, eu não sei nada, mas acho que muitos concordam em dispensar teoria do nosso quadro de disciplinas. Até porque todas essas matérias teóricas só servem pra entupir o quadro de professores da ECO e dar emprego pra gente que em vez de seguir a emenda, fica cobrando dos alunos textos que o professor gostou.

Resumindo: teoria só serve pra atolar a gente de textos que a gente não lê e baixar nosso CR. Citando meu amigo Valmir:
"Teoria é uma porcaria.
Você finge que lê os textos
e o professor finge que acredita que você leu".