4.10.05

Um post sério




Você riu quando leu o título? Pode acreditar: esse post é sério - e não ria de novo, hein! É sério, tô dizendo, será que ninguém acredita em mim? Tá bom, não é tão sério porque sempre ter que ter uma falta de noção, mas dessa vez não é minha.

O post é, logicamente, sobre a discussão da semana: não é o mensalão, nem o mensalinho da Elis Regina Junior Filha, nem a Máfia do Apito, muito menos que pela primeira vez um livro que eu revisei está na lista da Veja - em 4º lugar! A discussão da semana é o referendo (que eu pensava que era como chamavam um Juiz, mas agora o adjetivo que acompanha essa profissão é Ladrão). Mas como dizia o inventor do Tetris: "Vamos por partes."

Parêntese: não tô querendo fazer utilidade pública com este blog, quero apenas revelar egoisticamente o que eu entendi tardiamente.

Primeiro, o que é um referendo? Referendo nada mais é que um plebiscito com uma questão que não envolve política diretamente. Plebiscito foi quando votamos pelo presidencialismo recentemente e referendo seria uma votação do tipo: "Você acha que o Jancy Express deve deixar de ser sem noção?".

Segundo, a pergunta que não quer calar é: Quem matou JFK?. Não, é: Quem sairá do quadrado mágico da seleção? Também, não. Já sei: Quando o Ian vai postar no blog dos Senseless? "Claro que não" - diria o garoto de uma propaganda que não lembro e que depois entrou pra Malhação. A questão é: QUAL É A QUESTÃO? É isso mesmo: qual é a pergunta que vamos responder no tal referendo? Eu não quero saber de possibilidades, eu quero saber qual é a pergunta de verdade, cada letra dela! As propagandas só divulgam qual número e opção votar, MAS SERÁ QUE NÃO PERCEBEM QUE A PERGUNTA AINDA NÃO ESTÁ CLARA? Alguns amigos me disseram que a pergunta é: Você é a favor ou contra do desarmamento? Se eu respondo SIM, eu sou a favor ou contra? Então essa não é a pergunta.

Terceiro, acho que nem os caras que decidiram fazer esse tal Referendo sabem qual a resposta que querem que vença. É lógico que o SIM vai ganhar, independente do que signifique. Mas é totalmente oposto à lógica humana colocar o a primeira opção sendo o NÃO. Ninguém pergunta: "Você vai ao cinema comigo? Não ou Sim?" Isso não existe.

Pra fechar, a mídia brasileira decidiu adotar um lado da questão apenas porque acha que essa questão não envolve a neutralidade ética jornalística - eu me oponho e acho que neutralidade é neutralidade, independente se vai jogar a seleção brasileira ou se as novelas da Globo terão mais ou menos destaque no jornal. A Veja dessa semana alicia seus leitores ao NÃO com 7 motivos muito bem fundamentados para tal resposta. O Globo desta terça 04/10 estampa a manchete: "Crime se abastece com armas legais". A Guerra Fria Brasileira Midiática tem mais uma batalha entre a Abril e a Globo. Batalha esta em que já se sabe que a vitória será contra a legalização de armas, mesmo que o motivo principal da Veja seja claro e perfeito:
"Vote NÃO porque o governo brasileiro não tem a capacidade de oferecer segurança ao seu povo."

Por que não decidir isso entre os deputados que só fazem roubar em vez de gastar dinheiro público e tempo particular com algo tão óbvio? Mais um domingo perdido em discussões chatas, papeladas na rua e algo pra pensar quando se é o dia oficial pra não se pensar em nada.

Mas, como diria o grande filósofo Capitão Planeta: O PODER É DE VOCÊS.

10.9.05

Mindingo

Sempre pensei em me vestir de um deles pruma festa à fantasia. Teria que ter cuidado pra não imitar nem o cheiro, nem os buracos indecentes de suas roupas, mas ia ser uma fantasia muito boa. Principalmente porque eu não precisaria levar nada pra festa e poderia comer como um esfamiado dando a desculpa da fantasia.
Mas, pra variar, essa introdução é só pra aumentar o post. Na verdade eu tô escrevendo algo às duas da manhã de sábado só pra tirar umas teias que estavam aparecendo por aqui.

Eu, particularmente, não tenho nada contra os mindingos - desde que eles não encostem em mim. Aliás, pra ser sincero, tem um mindingo só - na verdade UMA - que me deixa profundamente irritado. É uma mindinga tão persistente, que de vez em quando me arranca uns bons trocados. Todo mundo conhece: é a Dona Pipoca dos Cinemas.

Olha, nunca vi uma mindinga tão pidona! Ontem mesmo tava eu no Shopping Iguatemi, com o estômago roncando (porque uma amiga me deu um bolo mas esqueceu de levá-lo preu comer e depois eu descobri que ela tinha me dado mesmo um furo - no estômago). Como a frase ficou muito grande, vou puxar o fio da meada: estava eu com o estômago roncando quando a mindinga da Dona Pipoca do Cinema - vamos chamá-la de DPC - veio, sorrateira. E quando percebi, ela já estava me perseguindo pelo shopping, se enfiando no meu nariz. Como este é muito grande, o cheiro da DPC logo ocupou um bom espaço no meu corpo (o nariz), e meu pesado olfatômetro tentou assumir o controle do corpo.

Mas que mindinga pidona! Ela não parava de tentar me pedir uma graninha! Insistente, tentava de todos os modos: chapeuzinho com violão, gaita e piano ao mesmo tempo que fazia malabarismo e vendia jujuba de amendoim salgado. Uma pedinte experiente, que já sabe como fazer pra me arrancar uns trocados.
Pra azar dela e sorte do meu bolso (outro unha de fome, quer estar sempre cheio!), a mindinga estava presa. As grades do cinema ainda não tinham sido abertas, e a única coisa que ela pôde fazer foi esticar seus braços esfumaçantes em minha direção. Eu não pude lhe entregar o trocado porque ela não conseguiu carregar o chapéu até mim. Então eu me acostumei com a sua presença e, mais uma vez: Vitória! Consegui resistir a essa pedinte perseverante.

(Mas não deu 5 minutos e acabei sendo vencido pelo aroma apurado do McDonald´s).

Esse post ficou uma boa duma droga! Maldita inspiração que me deixou aqui e foi dormir - ela disse que tava cansada.

26.8.05

Seguros: eu não entendo

Isso parece até nome de comunidade no Orkut! Aliás, o que hoje não virou nome de comunidade no Orkut (mais 2 agora pra quem quiser criar).

Tudo aconteceu num fatídico domingo, quando meu irmão tomou uma trauletada na lateral direita do carro. Ele tem seguro, portanto, não vai precisar pagar, nada. Bem, isso era o que minha mente de criança achava. Na verdade, ele vai pagar uma boa grana, tipo uns 2 camangos, pra consertar o veículo dele. Ele até tentou mixplicar que tem que pagar, senão todo mundo aciona o seguro a cara arranhão e depois tome uma palestra em economês com o sotaque cariolista do meu irmão.

Nintendi nada. Então, criei minha própria teoria em relação a seguros e seguradoras. É o seguinte: seguradoras nada mais são que Prognosticadoras de Eventos. Pode chamar também de Profetas, Videntes ou qualquer coisa do tipo. Ao fazer a avaliação para um seguro, várias coisas estão envolvidas: quem dirige, há quanto tempo dirige, onde dirige, onde mora, qual o carro que tem, quantos carros já destruiu, quantos pontos na carteira, quantos carros e rádios já teve roubado e etc.

Com esses dados eles podem fazer uma previsão simples, sem data, do tipo: O carro será roubado? S ou N. Quantas vezes? / O motorista vai bater o carro? S ou N. Quantas vezes? / O motorista sabe dirigir? S ou N. Quantas vezes? Aliás, Quantos pontos na carteira?

Exemplificando:
1- Se você mora no Rio de Janeiro, com certeza será roubado. Então a resposta é S. Quantas vezes? Aí vem um cálculo algorítmico que inclui os fatores "a quantos metros você mora de uma favela" e se "você é um tremendo dum pão-duro e prefere deixar o seu carro na rua". Vamos dizer que vpcê tenha um Gol. Custou 20 mil contos. Você paga mil por mês e, após 15 meses seu carro é roubado. Para ter um novo, você só precisará 5 pratas (não confundam com as pratinhas friburguenses). 20-15=5.

2- Se você já fez a prova de direção e foi reprovado porque não puxou o freio de mão; se não sabe fazer curva; se só consegue fazer uma das seguintes coisas de cada vez: segurar o volante ou pisar na embreagem ou ligar a seta ou olhar o retrovisor ou passar a marcha; então você não sabe dirigir e eu não sei como você tem uma carteira de habilitação. Aí a prognasticadora de eventos relacionados com veículos prevê que você vai bater. Não uma, nem duas, mas inúmeras vezes. Então você paga um seguro de 500 reais por mês e a cada batida mensal que iria lhe custar 1.000 mangos, você só pagará 500.

Se você não entendeu nada, não se preocupe. É só fazer como eu: anda de ônibus ou metrô. Até porque minha mãe me falou que esse tal Seguro morreu de velho, isso quando eu tinha uns 5 anos. Ou seja, agora, só na ressurreição.

23.8.05

É só começar a trabalhar que esqueço de postar. Kipuxa...

7.7.05

How do u know it? / Cumé que cê sabe?

Ja viu Os Incríveis? Madagascar? Antes de procurar assisti-los legendados, talvez alguém possa lhe dizer: "Dublado também tá muito bom. A dublagem brasileira é a melhor do mundo." QUE SEM NOÇÃO!

Eu já ouvi essa frase umas 427.320 vezes. Só acho uma empáfia ouvi-la de pessoas que nunca ouviram uma dublagem italiana, russa, ou ainda cebuana ou sranantonga. Pra afirmar com tanta veêmencia que temos a melhor dublagem deste planeta, o mínimo a fazer é ser um poliglota e avaliar mais umas 7 dublagens, pelo menos.

Será que só os brasileiros conseguem adaptar piadas ou criar um roteiro de dublagem que permita sincronização perfeita com os movimentos labiais? Duvido que sejamos tão bons, se aqui no Brasil só se dublam industrialmente produtos americanos, no máximo mexicanos e japoneses. Quero ver alguém dublar bem um filme de Bollywood, captando todas as referências da cultura indiana e adaptando expressões idiomáticas pra língua "brasileira".

Pesquisando sobre nossa dublagem, descobri fontes seguras que ela não é tão boa assim. Na Henshin Digital, Ionei Silva, dublador de vários desenhos Hanna-Barbera, Ultraman e de animes, além de inúmeros filmes de Bang-Bang revelou:

"Nós já tivemos a melhor dublagem do mundo, mas hoje há países como Itália e até mesmo o México que estão melhores do que a gente."

Não é só isso. O nosso mercado de dubladores é infinitamente curto. Quantas vezes você já não ouviu a voz do Bruce Willis no Indiana Jones e no Lion de Thundercats? E se surpreendeu ouvindo o Dino da Silva Sauro (surpresa: no Zorra Total) dublando todos os gordos do cinema? Ou ainda ouviu a voz do Seiya de Cavaleiros do Zodíaco em outras dúzias de protagonistas de animes, assim como a voz de Ash e do onipresente James de Pokémon? Se a nossa indústria de dublagem é tão boa, porque todos os filmes da Disney têm sempre as mesmas vozes quando os atores originais mudam de acordo com o personagem? No dialoguista Sobre Sites, Alexandre Cruz Almeida tira as palavras da minha boca:

"Devem haver só uns 20 dubladores no Brasil. São as mesmas vozes, programa após programa. As mesmas mocinhas, os mesmos heróis, os mesmos bandidos.
Imagino as dificuldades dos cegos. O Pikachu do Eliana e Alegria é o grande amor da Usurpadora e o chefe mal-humorado na Tela Quente. Você não sabe nem quem visualizar, nem como se orientar.
"

Na verdade, existem uns 350 dubladores no Brasil. A indústria de dublagem aqui parece ser realmente boa, mas não posso afirmar que é a melhor do mundo como sempre ouço. Mesmo sendo extremamente funcional pra mim - que quando assisto qualquer coisa dublada não durmo - não posso aceitar a afirmação discutida aqui. Quem sabe se algum dia eu assistir O Rei do Gado em inglês, A Grande Família em japonês ou Cidade de Deus em alemão eu possa concordar com tal premissa. Oder nicht. Ou pas.

6.7.05

A comemoração mata a etiqueta

Eu já tinha notado isso, mas havia me esquecido de escrever sobre. Hoje me lembrei, ao assistir a notícia sobre a vitória de Londres para as Olimpíadas de 2012. Foi muito engraçado ver aqueles diplomatas do esporte pulando que nem a Chun-Li após a decisão.

Foi algo totalmente incompatível com a cerimônia e com as roupas das pessoas. Homens e mulhers de gravata e terninhos pulando e se abraçando após ouvir a palavra "London". Isso me lembrou a única vez que fui ao Maracanã assistir um jogo de futebol. Quando o Vasco fez o primeiro gol, o cecelento mais próximo de mim me abraçou esfusiante como se acabasse de ganhar na loteria. Os outros torcedores fizeram a mesmíssima comemoração em dupla.

Num estádio de futebol, isso é lógico. Mas torna-se sem noção assistir representantes da etiqueta britânica fazerem o mesmo na cerimônia de votação para sede das Olimpíadas. Isso me prova que esse negócio de muitas finezas é uma baita duma palhaçada. As pessoas escondem seus sentimentos e sua personalidade numa armadura imposta por certo padrão. Num momento comemorativo elas expõem de forma nada etiquetada seus sentimentos.

De qualquer forma hilária que tenha acontecido isso, seria muito mais estranho os ingleses em Cingapura reprimirem sua alegria batendo palmas sussurrantes com aquela pose de Sir enquanto toma chá das 5 com a Dona Beth, quero dizer, com a Rainha Elizabeth (que piadinha sem noção pra uma conclusão; a rima foi sem querer, mas conseguiu piorar o que já era ruim).

29.6.05

Eu não tenho nada pra dizer, nem tenho mais o que fazer, então...

... venho apenas falar sobre animes, sim, os desenhos japoneses. O mIRC é bem legal nisso. Não pra ficar papeando. Aliás, quase ninguém bate-papo no mIRC. O negócio lá é sugar o máximo possível. Só essa semana eu já baixei uns 4 gigas de arquivo lá. Claro que foi tudo de animes: Karekano, Excel Saga, One Piece, Rayearth e Street Fighter II.






Eu quero um gravador de DVD. Poxa, tá baratinho: menos de 200 reais! Aí sim vou poder ripar os quase 100 episódios de animes que já tenho pra poder ver numa televisão de verdade, porque monitor é muito pequeno.






Falando em animes, tá chegando julho e com ele, os famigerados AnimeFamily (dia 9, no RJ) e AnimeFriends (dias 13 e 14 em Sampéca). Lá se vai a sobra do meu dinheirinho...






Lamento desapontá-los com esse post sem originalidade e com noção. A pouca criatividade que eu tinha aqui no Krang (o chiclete rosa das Tartarugas Ninja), foi vencida pelo lado negro da força - a insuportável teoria. O trabalho final da faculdade me esgotou. Quem sabe ver Guerra dos Mundos e Batman Begins hoje por apenas 3 reais cada ressuscita minha falta de noção?
Torçam, ou não.

21.6.05

alguma coisa lá...
qualquer coisa! rsss
"Você só aperta o botão e nós fazemos o resto!"

George Eastman, criador e inventor da Kodak, criou esse primeiro slogan para o que seria sua futura mega indústria de cliques. Em 1888, a revelação era muito complicada e Eastman teve méritos em popularizar o pós-clique. Segundo o meu professor co-orientador Victorino Oliveira:

"O fotógrafo amador apenas operava a máquina enviando-a à firma em Rochester, Nova York, onde o filme seria cortado em tiras, revelado, a emulsão separada da base e colocada em suporte transparente. Depois eram feitas cópias de todos os negativos que, juntamente com a câmera e um novo filme, eram devolvidas ao proprietário que pagava 10 dólares pelo serviço."

(Veja mais sobre história da fotografia em Victorino Oliveira: História da Fotografia)

Essa frase apareceu no meio do meu trabalho final, que não sai nunca!
Um dia ainda invento ou encontro um laxante mental para universitários e pós-graduandos, pra eles usarem em horas de desespero pra ver se o cérebro descarrega pensamentos para o árduo trabalho final de curso.

Quem sabe um espremedor de idéias? Um neuronizador de pensamentos? Será que esses crecos estão no Guia do Mochileiro das Galáxias?

Antes de terminar o assunto, decidi voltar a postar graças a UM incentivo! É triste pensar que só uma pessoa retorna ao meu blog, e ao mesmo tempo motivo de alegria saber que alguém ainda visitou meu blog enquanto ele estava em coma, tadinho. Valeu, você que sabe que foi você!

Aos poucos eu arrumo esse espaço que tá mais bagunçado que o quarto do Ian!