A comemoração mata a etiqueta
Eu já tinha notado isso, mas havia me esquecido de escrever sobre. Hoje me lembrei, ao assistir a notícia sobre a vitória de Londres para as Olimpíadas de 2012. Foi muito engraçado ver aqueles diplomatas do esporte pulando que nem a Chun-Li após a decisão.
Foi algo totalmente incompatível com a cerimônia e com as roupas das pessoas. Homens e mulhers de gravata e terninhos pulando e se abraçando após ouvir a palavra "London". Isso me lembrou a única vez que fui ao Maracanã assistir um jogo de futebol. Quando o Vasco fez o primeiro gol, o cecelento mais próximo de mim me abraçou esfusiante como se acabasse de ganhar na loteria. Os outros torcedores fizeram a mesmíssima comemoração em dupla.
Num estádio de futebol, isso é lógico. Mas torna-se sem noção assistir representantes da etiqueta britânica fazerem o mesmo na cerimônia de votação para sede das Olimpíadas. Isso me prova que esse negócio de muitas finezas é uma baita duma palhaçada. As pessoas escondem seus sentimentos e sua personalidade numa armadura imposta por certo padrão. Num momento comemorativo elas expõem de forma nada etiquetada seus sentimentos.
De qualquer forma hilária que tenha acontecido isso, seria muito mais estranho os ingleses em Cingapura reprimirem sua alegria batendo palmas sussurrantes com aquela pose de Sir enquanto toma chá das 5 com a Dona Beth, quero dizer, com a Rainha Elizabeth (que piadinha sem noção pra uma conclusão; a rima foi sem querer, mas conseguiu piorar o que já era ruim).
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