29.6.03

Seleção dos empates faz o de sempre. Mas tá fora

É insuportável ver a seleção do Parreira jogar. Busca sempre o empate, 'um bom resultado', como dizem o técnico e seu fiel escudeiro, o coordenador. Hoje a seleção contou mais um empate no seu currículo, e com este, mais um fiasco: foi eliminada da Copa das Confederações pela Turquia.

Mais uma vez na Copa da Confederações, aquele torneio caça-níquel da FIFA que só serve para marcar revanches entre a França e a seleção brasileira. Ledo engano. Primeiro porque a seleção verde-amarela nunca envia mesmo "a seleção" pra essa copinha. Segundo, o time B do Brasil que freqüenta tal torneio nunca consegue fazer o básico: enfrentar a França numa final.

Começou errado

O jogo de hoje já tinha começado ruim pra FIFA: se a seleção empateira vencesse a Turquia iria enfrentar os "Bleus" nas semi, antes da final como idealizado pela FIFA. A nossa seleção, que joga sempre pra ganhar só um ponto, pisou no gramado mal-escalada. Primeiro: Gilberto na lateral-esquerda. Onde já se viu colocar um qualquer pra substituir Roberto Carlos? Pelo menos o Kléber tem algum entrosamento com outros jogadores. Além desse erro, o atacante começou com Ilan ao lado do Adriano. Cassiano Ricardo Gobbet, colunista do site Trivela resume tudo que poderia ser dito sobre o jogador atleticano: "Ilan na Seleção é brincadeira". Pra completar, o queridinho do técnico Ricardinho jogou Alex pro banco.

O grande problema da partida de hoje contra a Turquia foi que Parreira esqueceu que sua seleção não podia empatar. Só a vitória garantia a vaga. A seleção jogou muito, muito feio. Todos os jogadores abusaram dos bicões quando a bola passava do meio-campo para trás. Foi apenas sorte que num desses bicões Adriano amorteceu a bola no peito e depois fez um belo gol enconbrindo o goleiro turco. Depois, a sorte foi pro espaço. Até porque time que depende da sorte pra ganhar é medíocre.

O técnico turco colocou Inmaz e campo ainda no primeiro tempo. Não foi sorte, mas sim uma correção. A Turquia empatou no início do segundo tempo. O técnico dos empates fez todas as correções na escalação a partir dos 15 minutos da segunda etapa: tirou Ilan, Ricardinho e por último Gilberto; colocando Gil, Alex e Kléber.

Tarde demais pra corrigir

O Brasil passou a buscar o gol desesperadamente e por isso deixou espaços na defesa. Aí o Ilmaz - aquele que entrou aos 35 do primeiro tempo - virou num contra-ataque. Foi ridículo: a defesa dos empates tentou fazer uma linha-de-impedimento no campo adversário.

Derrota? Nããão. O técnico da seleção gosta mesmo é de empatar! Alex e Ronaldinho, muito bem-entrosados, comandaram o finzinho do jogo. Era Ronaldinho recebendo, tocando e Alex chutando. De tanto tentar, o cruzeirense conseguiu o gol. Aos 48. A seleção de Parreira cumpriu as ordens do técnico: conseguiu mais um empate. A eliminação foi apenas um detalhe.


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