15.12.01

Diario de Viagem
Dia 04 - Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2001.
99cents Stuff e Salão do Reino

Oi, meus queridos leitores!

Hoje foi o dia de ir à loja de 99cents. Pegamos as rodovias e chegamos num mini-shopping. Falando nisso, aqui os shoppings têm estacionamento grátis. E não tem perigo deixar as coisas no carro. Continuando, chegamos no mini-shopping pra ir na loja de 1 dólar, chamada 99cents Stuff. No início fui pegando tudo, tudo parecia muito barato, afinal custava 0,99! Como é triste cair na real, nesse caso, no cair no Real. Percebi que um simples pacote de biscoito era R$ 2,50! E dois chicletes também! E um chaveiro também! Triste R$ealidade! Mesmo assim vi umas coisas legais e acabei comprando. Pra variar, fitas de vídeo de Pokémon a 99cents. Tinha 5, mas comprei uma pra ver se a qualidade era boa! Som perfeito e imagem excelente. Vou voltar lá pra comprar as outras 4! Vimos muitas coisas interessantes e muitas coisas vagabundas e muitas coisas camelóticas. Bem furrecas mesmo. Mas as coisas legais de ponta de estoque, como os vídeos do pokémon, canetas e lápis de Star Wars, eu não resisti e buyei, quero dizer, comprei. Sabe, tô fazendo que nem os escoceses: não falo inglês! Só em último caso!

Depois fui a um supermercado e vi muitas coisas, mas não tão maneras. O que tem acontecido é que eu tô viciando em jogar X-Box e PS2 (os novíssimos videogames da Microsoft e nem tão novo assim da Sony, respectivamente). Toda loja eu passo uma meia hora só jogando. A parte de esportes desse mercado era bem manera e quase comprei bolas de Beisebol e Futebol Americano. Tô contando tanto do que fiz que acabei esquecendo de contar os detalhes interessantes. Se bem que nesses 2 mercados não tinha nada de muito diferente não, eram apenas supermercados.

Quando saímos finalmente, fomos deicidir onde comer. BURGER KING! É a única coisa que eu sei dizer quando se fala em comer. Quando eu tava quase convencendo todos a comer lá, minha prima sugeriu ao meu pai um Fast-food italiano. Ah! Voto perdido! E o Burger King ficava do outro lado da Avenida! Mas achei legal comer uma coisa diferente, já que onde fomos não existe no Brasil. Chama-se Pasta on the Run. A primeria coisa que vi quando cheguei lá foram os computadores!! Com internet grátis pra quem comesse lá!! Demais! O restaurante é bem interessante, todo pintado com as cores da bandeira italiana. E a comida também é gostosa, mas vem muita! Comi um macarrão à bolonhesa, com um outro nome que eu não sei, lógico! O refrigerante nessea lugar era naqueles antigos filtros, sabe? Então só se paga uma vez e pode encher quantas vezes quiser! Tomei um copo de um Chá Gelado de Framboesa (não tem no Brasil, e agora tudo que não tem aí eu compro, eu bebo, eu como!) e depois enchi com Pepsi. Muitos restaurantes aqui adotam Pepsi. Depois de comer hiper-rápido pra usar a internet, a decepção: a senha que o vendedor me deu (Pi-ôu-arrr (Pasta On the Run)) não funcionava. Perguntei a outro vendedor e... nada! Tentei outras senhas mas aí já era hora de ir embora.

Passamos pra buscar meu priminho de 5 na escola. Ficamos parados um tempo no estacionamento e ele veio. As escolas públicas aqui, como alguns já sabem, são excelentes. As crianças tomam café da manhã e almoçam lá! E elas são colocadas nas escolas de acordo com o lugar onde moram, pra não ficar muito longe de casa. Pra variar, ninguém vai a pé.
Chegamos em casa e fizemos alguma coisa até dar a hora da reunião.

Um irmão que mora no condomínio onde estamos (Waterways é o nome) marcou de vir aqui nos pegar pra ir à reunião. Nunca o vimos, mas isso só prova como a organização é mesmo hospitaleira. Ele marcou 7:00, mas chegou 7:20. O que eu reparei é que aqui os brasileiros gostam de carros grande e bonitos. Meu primo tem um Mitsubishi e o irmão Luis Godoy (que veio nos pegar) tem um outro carro grande, que nem Pajero. A esposa dele deixou o carro com a filha que estava trabalhando e veio conosco. Pegamos a Power Line (vi uma loja de colecionadores demais! Tinha muita coisa japonesa! Prometi voltar!).

De repente, entramos numa rua, e vejo uma coisa imensa, linda iluminada, o irmão pára o carro depois de ter subido uma pequena rampa e saímos. Olha, babei só na entrada! Era o Salão do Reino. Uma placa com os horários das 5 congregações (pois é, 5 num salão só!), umas letras lindas na frente com o nome e uma porta pesada foram o que eu vi antes de entrar. "I'm in". Entrei. Pra começar, o carpete. Qual foi a primeira coisa que vi? Não, não era algo de pokémon nem nada diferente. Dessa vez foi o balcão com os formulários e eu corri pra pegar os convites da congregação. Fomos assistir a reunião em português da congregação Pompano Beach, mas o convite era espanhol. Eles têm os 2 tipos para essa congregação, mas o em português estava em falta. De repente, ouço a voz de meu pai e minha mãe: "Oi!" "Quanto tempo!". Quando virei, era algo inacreditável: uma irmã de NOVA FRIBURGO, que meus pais conhecem desde pequena! Ela casou com um americano (já sabíamos) e achávamos que ela estava em Nova Iorque, mas ela está aqui! E quando andamos mais um pouco, lá estavam os pais dela, que mamãe e papai conhecem desde antes de eu nascer (pra Giani, Jander e Didi, que conhecem: eram Alessandra, Cenira e João Sinder!). A gente nem acreditou: saímos do Rio pra encontrar friburguenses que não vemos há muito tempo aqui! Meu Deus! O que acabamos descobrindo é que aqui existem muitos, muitos friburguenses mesmo!

Depois disso, fiquei apreciando o Salão. Primeiro: to-do-em-car-pe-te! Mas um carpete limpíssimo! O Salão é quadrado, mas fizeram a tribuna numa quina e o auditório fica no resto do quadrado. Muito bem aproveitado o espaço. A tribuna é simples e a mesa das irmãs também, mas bem bonita. Reparei que tem uma rampa que passava por trás da tribuna e chegava a ela. Cadeiras confortabílissimas e limpíssimas também. Sentei logo que já ia começar a reunião. Um brasileiro que dirigiu a Escola, acho que paulista. Depois dos discursos 1 e destaques, ele falou pros irmão das salas B e C se dirigirem para as suas respectivas salas. Olhei pra trás na hora, lógico, e vi as 2 salas atrás à esquerda e direita, como anexos fechados do Salão. Subiu então um garoto de uns 8 anos, um japonesinho muito engraçadinho pra fazer o discurso 2. Ah, lembrei de uma coisa! Na primeira fileira ficou o Dirigente e o japonesinho. Uma mesa estava na frente deles, com matéria e caderno de anotações pro irmão e um relógio e uma campainha pro japonesinho. Começou o discurso 3 e percebi que os microfones da mesa das irmãs são sem fio. Que beleza! Quando alguém passa do tempo na escola, o japonesinho dá um leve toque na campainha, só um plim bem sutil e baixinho. Acabou a escola e fui ao banheiro. Depoisd e procurar, achei e quando empurrei a porta grossa o que apareceu na minha frente? Um shopping? Ué o que eu estou fazendo no shopping? Não era um shopping, era o banheiro do shopping. Sim, dentro do Salão. O banheiro era igualzinho ao de um shopping. Até porta pra deficientes tinha. No vaso tinha até um papel pra cobrir antes de usar. A pia idêntica com sabonete líquido e torneira de apertar. Antes de sair, passa um irmão e se apresenta: "Oi. Rafael." Meio que saindo e baixinho eu respondi "Jancy". Lógico que ele nem entendeu, mas eu voltei pra reunião.

Na reunião de serviço, subiram: um irmão dos EUA (Steve), um do Cabo Verde (Benvindo), e um da Venezuela (Daniel Fumero). Que diversidade! Também, nessa congregação de língua portuguesa tinha um de cada lugar do mundo! E notei mais uma coisa: todos os irmão são chamados pelo sobrenome: é irmã Godoy, irmão Santos e etc. Nos anúncios, o Steve falou do amor cristão e contou da experiência do meu pai. Quando meu pai veio aqui em 94, ele arrumou carona com o noivo da ex-namorada do meu primo pra levá-lo no salão. Meu primo pediu esse favor presse carinha, o nome dele é Hernani. Resultado: hoje ele é servo ministerial e a ex-namorada do meu primo casou-se com ele e os 2 servem naquela congregação! Bem, a reunião continuou e acabou. Acabou a reunião e encontramos a sobrinha de uma irmã da minha congregação (Maria Paulo Ham, para os que conhecem). A gente não acredita que esse mundo é minúsculo! Quanta gente do Brasil aqui! Aí veio aquele irmão que eu vi no banheiro e eu falei: "Oi, Rafael". Ele perguntou:"Como vc sabe o meu nome?" "Você falou, lá no banheiro, lembra?" Pois, é. O Rafael tem cara de ter uns 17 ou 18 anos. Tão simpático, mas tão simpatico, que perguntou meu nome e me abraçou como se me conhecesse desde pequeno e não me visse há anos! Imediatamente pediu o telefone de onde eu estou e falou pra combinar algo pra fazer sábado à tarde. El disse preu ligar que ele pegava o carro pra gente sair. Só uma notinha, aqui é permitido dirigir a partir de 16 anos. O Express que vos escreve Exqueceu o telefone da casa do primo. Nem meu pai nem minha mãe tinham. Anotei o telefone dele e prometi ligar. O irmão parece ser bem manero. Senti nele como se ele tivesse prazer mesmo em me conhecer e contade de ser meu amigo. Espero ter arranjado aqui um amigo que deixa tantas saudades como vocês. Detalhe: o garoto mora lá e é do Rio de Janeiro, do Centro!

Foram saindo as pessoas do salão até ficarem poucos. O Hernani me chamou e perguntou se no Salão do Brasil tinha câmera pra ver a entrada do Salão. Preparem-se, porque agora é um show de modernidade, praticidade e exigências legais. Primeiro essa câmera. Fica dentro do Salão e dá pra ver quem entra. Pra se o indicador não perceber. Então ele me mostrou o telefone. Comum aí no Brasil também. Só que continuou: daqui do telefone uma irmã que tá no hospital ouve a reunião. O brasileiro aqui pensou: poxa! Põe o telefone na mesa e a irmã ouve! Que nada! Ele continuou: "Tá vendo esse aparelho aqui? Põe a irmã pra ouvir a reunião. E se ela quiser, eu aperto esse botão, ela comenta e todos ouvem!" (:^O ). Olhei pra cima e vi uma filmadora, como aquelas que ficam filmando o palco no Congresso. Isso é só o começo. Perguntei sobre a rampa da tribuna. Ele falou que é lei ter rampa pra deficientes. E ele me mostrou uma entradinha na assistência para a cadeira de rodas. Perguntei sobre as salas B e C. Ele me mostrou as 2. Primeiro a C, onde fica a biblioteca. Lá tem uma Bíblia de 1899! Depois me levou até a sala B, que tem um computador lá. Ele abriu a persiana e me mostrou que as salas B e C são interligadas ao Salão. É só abrir as persianas e ligar o sistema de som lá dentro que quando o Salão Principal enche pode-se colocar pessoas nessas salas, porque de lá tem-se uma visão perfeita da tribuna. Ou então pode fechar as persianas, ligar a câmera no Salão principal, a televisão nas salas e quem tá ali dentro acompanha a reunião. :^O ). Ele me mostrou um buraco estranho em cima da tomada. O que é? Aspirador central de Ar-condicionado. É só ligar e toda a tubulação fica limpíssima. Perguntei sobre as placas "Exit" acesas em várias partes do Salão. Também é lei lá ter essas saídas de emergência. Tinha várias. O Salão não tem janelas. Pra driblar o vandalismo, já que os palhaços quebravam as janelas dos Salões que tinham.

O Hernani abriu uma das portas "Exit" e me mostrou a parte de fora do Salão. Um mega-estacionamento. Acho que dá pra uns 80 carros! E ele disse que tem dia que ainda fica cheio! Mostrou-me as árvores e contou que é outra lei. Quando se compra um terreno e vai construir algo nele, tem que replantar todas as árvores que forem cortadas. O número final de árovres do terreno tem que ser o mesmo que antes da construção. Senão, multa violenta como se não fizer qualquer uma das outras coisas (deficientes, saídas de emergência, etc.). Vi uma casa grande de uns 2 andares na minha frente. "O que é isso?". A casa do superintendente! Bem grande meeeeesmo. Voltamos pra dentro do Salão. Tem um sistema de alarme ultra-moderno. O irmão Steve colocou a senha. Um doce (quando eu voltar) pra quem descobrir qual é. Reparei que não só a porta de entrada como as de saída de emergência eram muito grossas. Pra quê? O SA-LÃO É À PRO-VA DE FU-RA-CÃO!! Está na lista da cidade junto com outros lugares que têm essa mesma estrutura. Quem quiser pode entrar pra se esconder. :^O ) (queixo caidaço!). Demais esse Salão do Reino! O irmão colocou o código e saímos. Hernani falou que esse foi um dos últimos Salões com esse projeto. O Salão é lindo demais, cheio de detalhes de pintura e decoração que não me lembro pra contar. Ele disse que foi muito caro (pelo que ele falou, mais de $400.000!). Então a Sociedade não usa mais esse projeto pra construção, agora são mais simples.
Entramos no carro e voltamos pra casa, pela Power Line. Não sei porque, mas eu simpatizei com essa via. Amanhã tem mais.

Abrações, abrações e mais abrações,
Jancy :^O ) Express News

(AMERICA UNDER ATTACK... FROM JANCY EXPRESS)

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